terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Atividades Diversas do Controle Social do Projeto Iguaçu Dezembro 2012.


Comitiva observa o Canal Bananal em Duque de Caxias.
Este mês as Lideranças e Representantes de Comitês Locais de Acompanhamento e a Comissão Executiva, participaram de algumas atividades organizadas pela Ong Casa da Cultura e que fazem parte da agenda de Controle Social e Acompanhamento das intervenções do Projeto PAC 23 Valões que faz parte do projeto Iguaçu.

Foram realizadas algumas reuniões onde foram discutidas as obras nos municípios, também foi realizada uma Visita Técnica onde foram percorridos diversos Rios e Canais no Município de Duque de Caxias, para que fosse analisada a situação dos Rios e Canais após as intervenções, e o que foi constatado pelas lideranças que estavam acompanhados por técnicos do INEA, foi que a maioria destes encontravam-se assoreados novamente, alguns inclusive com PNEUS e muito LIXO dentro do Leito e as margens com muito entulho, lixo e troncos de ÁRVORE.

E o que pudemos comprovar é que após estes quase 4 anos de intervenções do Projeto Iguaçu, é explicito o descaso dos gestores municipais que, além de não participarem das discussões eles também NÃO ASSUMIRAM SEU PAPEL e realizaram ações de manutenção das obras, conscientização da população através de educação ambiental, ou se quer, realizaram algum tipo de atividade que pudesse manter a qualidade dos pontos inaugurados.
Outro ponto desfavorável foi o esvaziamento de pessoas (lideranças e representantes da sociedade) das várias reuniões e encontros causando assim um impacto negativo nas discussões e prejudicando assim todo o processo de acompanhamento devido aos adiamentos constantes das atividades, e isso mostra claramente a falta de compromisso de alguns agentes locais que, além de prejudicarem suas localidades com sua ausência também prejudicam todo o processo devido a falta de córum para realização das mesmas.

E a situação caótica em que se encontram os municípios de Duque de Caxias e Belford Roxo com a situação da ineficientes coleta de Lixo torna a situação mais preocupante ainda, pois após a realização de investimentos na ordem de 500MILHÕES do PAC1 na Baixada, vemos muitas desta intervenções ficando abandonadas sem a devida manutenção e nós perguntamos se realmente a Baixada estará livre das enchentes e se sim até quando.      

sábado, 1 de dezembro de 2012

Intervenções do Projeto Iguaçu PAC1 em vários pontos da Baixada.


Vista aérea do parque do Mercado, em Belford Roxo, com áreas sombreadas espaçadas

Parques e praças contra as enchentes
Cortada por malha fluvial espraiada, a região da Baixada Fluminense é assolada por inundações na época de chuvas intensas. Desde 2008, o arquiteto João Pedro Backheuser atua para neutralizar essa realidade perversa, reurbanizando margens de rios com projetos que, além do embelezamento, garantem o necessário distanciamento entre as moradias e os terrenos ribeirinhos, essenciais ao controle das cheias.

“Há áreas enormes ao longo dos rios da Baixada Fluminense que devem servir de bolsões de armazenamento de água na época de chuvas. Acontece que, aos poucos, elas vão sendo ocupadas e reocupadas informalmente.

Contra isso, propomos a criação de um sistema de grandes parques que delimitem claramente as áreas habitáveis, supram a carência de espaços de lazer na região e definam um novo sistema de organização urbana do território”, afirma o arquiteto João Pedro Backheuser, do escritório Blac.

As propostas para o Projeto Iguaçu (nome do programa encabeçado pelo Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, o Inea) dividem as pranchetas do arquiteto carioca com outro trabalho igualmente relevante: o desenvolvimento arquitetônico do Porto Olímpico, empreendimento que sediará as vilas de mídia e árbitros na Olimpíada de 2016, na capital fluminense.

Equipamentos esportivos e de lazer associados à recuperação da travessia do
rio marcam a intervenção no parque Elizabeth, em Nova Iguaçu

A urbanização das margens do rio, no parque Elizabeth, delimita as áreas
habitáveis e as inundáveis, essenciais à prevenção contra enchentes


Vista aérea da intervenção em Nova Iguaçu. A simplicidade de materiais e elementos contrasta com o longo alcance do projeto, de prevenção contra enchentes

As ações estruturais do projeto, que engloba cinco municípios da Baixada Fluminense, abrangem desassoreamento de rios e canais, urbanização das margens, arborização e recomposição da vegetação ciliar e melhoria ou retomada de travessias existentes sobre os rios.

Esse pacote de ações inclui ainda a remoção de ocupações irregulares ribeirinhas e sua substituição por parques de orlas, ciclovias e praças que, para Backheuser e equipe, constituem o núcleo urbano capaz de inibir as futuras retomadas informais do território pela população local.

Trata-se, em síntese, de trabalho de definição de fronteiras, do espaço habitável contra o inundável, materializado no embate entre o chão de terra e as intervenções de traço linear desenhadas pelos arquitetos.

Os projetos e imagens apresentados nesta reportagem se referem a três áreas pontuais de implantação.

Duas delas se encontram no município de Belford Roxo: os parques São Francisco e do Mercado, cortados, respectivamente, pelos rios Sarapuí e Machambomba. No parque Elizabeth, na cidade de Nova Iguaçu, está presente o rio Botas.

No primeiro há um grande parque linear, servido por trechos sombreados, bancos, campos de futebol e quadra esportiva; no segundo, a intervenção é espaçada, com a implantação de pérgolas e bancos ao longo do rio.
Aproximadamente nove quilômetros de ciclovias estão entre as realizações do projeto,
que soma mais de 350 mil metros quadrados de novas calçadas

Cerca de 35 mil metros quadrados de praças foram criados pelo projeto

Aproximadamente nove quilômetros de ciclovias estão entre as realizações do projeto,
que soma mais de 350 mil metros quadrados de novas calçadas

Para o terceiro, foram criadas as condições para a recuperação da passarela de interligação entre as duas margens do rio, abrindo-se praças na sua área envoltória.

Cada projeto teve como critério geral assegurar o necessário afastamento entre as casas e os rios, tanto em planta quanto em corte, sem contudo criar condições inóspitas de vizinhança.

É grande o desnivel entre a cota média do rio e a via carroçável ou de pedestre que o envolve, distância essa devidamente suavizada pela série de caminhos e equipamentos inseridos em meio à vegetação rasteira das margens, pontuada por árvores que apresentam maior porte.

Está em estudo atualmente a criação de parques maiores. Se aprovados pelo Inea, terão Belford Roxo como local inaugural de implantação.
Trechos das intervenções pontuais em Belford Roxo (planta e corte esquemático)

Trechos das intervenções pontuais em Belford Roxo (planta e corte esquemático)
Implantação geral do Projeto Iguaçu
Implantação geral do Projeto Iguaçu