sexta-feira, 22 de julho de 2022

PARQUE INUNDÁVEL: PRAÇA DA TORRE NO LOTE XV FOI CONSTRUÍDA AO LADO DA ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO

PROJETO IGUAÇU - Quem acompanha ou conhece o PROJETO IGUAÇU sabe que em seu escopo estavam previstas a construção de várias áreas de lazer e pratica de esportes entre outros usos de recreação, essas áreas intituladas de PARQUES DE INUNDAÇÃO, INUNDÁVEL ou PARQUE FLUVIAL deveriam ter sido construídas nás regiões onde foram retiradas as famílias ribeirinhas nas margens dos rios para que assim essas áreas ganhassem um uso e evitando assim que novas construções tornassem a acontecer no local.

No bairro do Lote XV, uma dessas áreas foi aproveitada e uma linda praça foi construída no local que fica localizado bem ao lado da Estação de Bombeamento dentro do Polder do Outeiro. Essa área que está localizada bem as margens da Estrada Governador Leonel Brizola a antiga Av. Presidente Kennedy bem próximo do centro do Lote XV e o que chama atenção, como acontece em outros locais, a área estava praticamente invadida, onde já havia uma cerca no local e prestes a receber uma construção e o pior, não se tratava de moradores mas sim de uma empresa instalada ao lado do local que planejava incorporar a área a sua empresa e não foi fácil retomar a mesma e o INEA precisou agir legalmente para retomar a mesma.

Sem entrar em mais detalhes sobre o ocorrido, o local foi preparado e transformado numa Linda Praça com Pista de Caminhadas, uma Campo de Areia, um parquinho, uma Academia de Ginástica que é bastante frequentada diariamente tanto de dia quanto a noite pro praticante de caminhadas e pessoas com crianças e bicicletas pois encontrou ali um local tranquilo, bonito e espaçoso que oferece uma estrutura adequada pra o lazer. 

A PRAÇA DA TORRE, como está sendo chamada pelo frequentadores, pois no local existe uma torre da furnas, aponta diretamente para a necessidade de o projeto ser estendido a outras regiões da Baixada e essas áreas serem aproveitadas como está foi. Parabenizo a iniciativa do Engenheiro Carlos Ramos e do Engenheiro Ricardo Ferreira, ambos do INEA, e suas equipes pelo empenho em implantar esse maravilhoso projeto em nossa região e espero que haja ampliação do mesmo, pois ainda existe uma grande área na região do Polder do Outeiro que estava destinada a construção do projeto conhecido como CROSS PARQUE DA BAIXADA, mas que foi paralisado com a finalização da primeira fase do Projeto Iguaçu em 2012.

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O que tenho percebido é que apesar da Segunda Fase do Projeto Iguaçu, não ter saído oficialmente do papel ainda, muitas ações tem sido realizadas seja pelo INEA ou prefeituras que fazem parte desse escopo de ações que estavam previstas no projeto e entre estas posso citar a Canalização dos Canais da Rua Caramuru em São Bernardo e da Avenida Estrela Branca em Areia Branca em Belford Roxo, onde ambos foram canalizados e sobre ele Construídas Praças dando assim um bom uso publico aos mesmo e ainda valorizado os imóveis e gerando emprego e renda.

Por: Rogerio Gomes

Blog do CAO/PROJETO IGUAÇU

ENCHENTES LOTE XV em BELFORD ROXO ABRIL/2022 - PROJETO IGUAÇU PRECISA SER RETOMADO

Por: Rogerio Gomes 

ENTENDA O FUNCIONAMENTO da ESTAÇÃO DE BOMBAS do POLDER DO OUTEIRO no LOTE XV em BELFORD ROXO - RJ

 



Por: Rogerio Gomes

Aquecimento Global vai agravar inundações para 2,2 milhões de pessoas na Baixada Fluminense


BAIXADA FLUMINENSE
- O cenário nas ruas de Belford Roxo e Nova Iguaçu —dois dos maiores municípios da Baixada Fluminense— após o último fim de semana é desolador. A enchente tem relação direta com as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global, segundo especialistas ouvidos pelo UOL.

Estudos compilados pelo Climate Central mostram que as inundações vão se agravar em municípios da baixada nas próximas três décadas, ampliando a área atingida e afetando milhões de pessoas (veja o mapa abaixo).

Só nas bacias dos rios Sarapuí e Iguaçu, principais eixos drenantes da baixada, ao menos 2,2 milhões de pessoas vivem sob risco de inundações, segundo mostra o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro —projeto desenvolvido pelo governo do estado com financiamento do Banco Mundial.

A elevação do nível do mar tornará ainda mais problemático o escoamento das chuvas, enquanto os temporais ficarão cada vez mais frequentes, segundo mostra o Climate Central, organização que une cientistas e jornalistas para divulgar pesquisas sobre os impactos das mudanças climáticas.

Os efeitos disso já são percebidos por cientistas e moradores da região, conforme relatos colhidos pelo UOL. A reportagem percorreu, nos últimos cinco meses, os principais rios da baixada e várias comunidades localizadas às margens deles (veja o vídeo abaixo).

A conclusão é que as mudanças climáticas vão afetar ainda mais a população pobre e vulnerável da região, acentuando um ciclo de pobreza e exclusão na Baixada Fluminense.

"Não tem mais cama, não tem guarda-roupa. Não adianta a gente ir para a loja comprar porque no outro ano vai perder tudo. Não adianta comprar móvel caro e estragar. É jogar dinheiro no lixo", relata Maelson de Andrade, que mora às margens do rio Iguaçu, em Duque de Caxias.



A elevação do nível do mar e os efeitos na Baixada Fluminense

Como o próprio nome diz, a Baixada Fluminense está abaixo do nível do mar, o que por si só dificulta o escoamento das chuvas e propicia inundações.

A ocupação desenfreada das margens dos rios Iguaçu, Sarapuí, Botas e seus afluentes —seja por favelas ou cidade formal— e a poluição despejada nos cursos d'água aceleraram o assoreamento da foz da bacia hidrográfica que deságua na Baía de Guanabara.

O assoreamento existente hoje já forma uma espécie de barreira de lama e lixo, que prejudica o escoamento da água quando chove.

A progressiva elevação do nível do mar causada pelas mudanças climáticas deve agravar ainda mais esse quadro, explica o engenheiro Matheus Martins de Sousa, professor do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

"Tanto o rio Iguaçu quanto o Sarapuí têm uma configuração muito propícia a inundações. Quando chove, o mar funciona como uma parede segurando o escoamento e impede que a cheia desça", ilustra.

Ele estima que, nos próximos anos, as mudanças climáticas aumentem em até 30% o volume das chuvas.

Chuvas que hoje não provocam inundações vão passar a provocar, porque o nível do mar formará uma barreira maior. E chuvas que já provocam inundações provocarão ainda piores."
Matheus Martins de Sousa, professor da UFRJ
O impacto da elevação do nível do mar pode ser medido por modelos matemáticos.

Segundo as pesquisas de Sousa, quanto maior a elevação do nível do mar mais tempo as inundações ao longo dos rios da baixada podem durar. Isso deve acontecer porque o maior volume da água do mar vai dificultar o escoamento desses rios para a Baía de Guanabara.

No caso do bairro São Bento —um dos pontos mais críticos para inundações em Duque de Caxias—, estima-se que a inundação dure, em média, mais de 1 hora e 30 minutos se o mar subir 20 cm.

Em cenário em que o nível do mar aumenta 40 cm, a área ficará 4 horas a mais debaixo d'água.

As projeções dependem da evolução do aquecimento global nos próximos anos.


Inundação a um raio de 500 m do rio

Nova Iguaçu registrou na última sexta-feira (1º) 222 mm de chuvas —175% do volume esperado para abril. Em Belford Roxo, o acumulado foi de 228 mm —185% do previsto para este mês.

Para José Paulo Azevedo, professor da área de recursos hídricos do programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, as inundações na baixada já sofrem influência das mudanças climáticas. Ele aponta uma combinação de chuvas mais intensas e elevação progressiva do mar —consequências das alterações no clima.

Às margens do rio Botas, o volume extremo de chuvas fez com que a água atingisse localidades que nunca tinham sido prejudicadas antes —mostrando na prática o que dizem os especialistas.

O UOL encontrou pilhas de móveis destruídos pela enchente a 500 m do rio —muito distante da área que tradicionalmente alaga— nos bairros de São Bernardo e Santa Maria, em Belford Roxo.

O nível da água chegou a quase 2 m de altura em alguns pontos. Por isso, muitas casas que já possuem barreiras para evitar inundações dessa vez foram atingidas.

Foi o que aconteceu na casa de Luciana de Oliveira, 41, que vende lanches em um trailer na região.

Na porta de sua casa, no São Bernardo, havia colchões, sofá, poltronas e guarda-roupas. Tudo destruído. A família viveu momentos de terror ao tentar escapar da inundação na noite de sexta.

"Tivemos que passar o neném pelo muro. Na rua, a água estava indo até o pescoço. Nunca vi nada assim aqui", diz ela. Luciana, a filha e as crianças que vivem na casa se abrigaram em uma laje.

"Ficamos três dias na laje, descemos hoje [segunda (4)]. Passamos a noite toda molhadas, com frio e fome. A vizinha que nos deixou no terraço tinha uns três lençóis secos. Cobrimos as crianças, que estavam com frio", relata.

'Está piorando e vai piorar mais, porque o bairro está crescendo. E rápido'

O pedreiro Maelson Damião de Andrade, 63, vive na favela do Guedes, no bairro São Bento, ponto mais crítico de Duque de Caxias. Morador do local há 18 anos, ele já perdeu a conta de quantas vezes as enchentes destruíram seus móveis e eletrodomésticos. A última vez foi em dezembro passado.

"Aqui sempre alagou. Perdemos tudo. Não tem mais cama, não tem mais guarda-roupa. O sofá também já está quase indo para o beleléu. Não adianta a gente ir para a loja comprar porque no outro ano vai perder tudo. Não adianta comprar móvel caro e estragar. É jogar dinheiro no lixo. Todo ano é essa enchente direto. A gente vive aqui precário. Cheio de lama, cheio de poça d'água. Não vem um [político] agora. Só vai aparecer aqui na próxima eleição. Na eleição, isso aqui fica lotado. Mas ninguém faz nada. [A situação] está piorando e vai piorar mais, porque o bairro está crescendo e rápido. Mesmo com as enchentes está crescendo, porque o povo quer lugar para morar. Coisa boa a gente quer ter, mas vai comprar para perder?"

'Peixe aqui não existe mais', diz pescador

Com mais de 40 anos de mar, Gilciney Gomes, presidente da Colônia de Pescadores de Duque de Caxias, denuncia a crescente poluição nos rios do município, que afetam a Baía de Guanabara.

Entre suas revelações, estão canaletas de chorume saídas do antigo lixão de Gramacho até o rio Sarapuí (veja o vídeo acima).

"A poluição não afeta só os peixes, mas os pescadores também. Isso aqui [chorume] é rejeito de lixo. Aqui peixe não existe mais. A gente nem sabe o que acontece com os peixes, porque já aconteceu. Sumiu tudo. Já estivemos aqui com várias autoridades e ninguém resolve nada. A gente está vendo descaso, omissão e covardia. Já estiveram aqui todos os poderes públicos: municipal, estadual e federal. Queremos que tomem uma atitude porque já morreu pescador, não sabemos de quê. Pescadores que colocavam o pé nisso aqui tiveram feridas embaixo do pé."
 
'Racismo ambiental' é agravado por poluição e desmatamento

O ambientalista Sergio Ricardo, do Movimento Baía Viva, destaca que o fato de as pessoas mais pobres serem as mais prejudicadas pelo aquecimento global no Rio não é um fenômeno isolado.

"O último relatório do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, em inglês] aponta pela primeira vez que as mudanças climáticas não vão afetar todos da mesma forma. Há um viés de injustiça climática e racismo ambiental."

Segundo o ambientalista, o desmatamento também piora as inundações. A vegetação ajuda o ambiente a reter a água da chuva por mais tempo e diminui a quantidade de sedimentos despejados nos rios.

"Essas regiões são planícies de inundação dos rios. No passado, chovia a mesma quantidade de água e ela se espraiava por mangues, brejos e lagoas. Hoje foram todos aterrados."

"Em um lugar onde tem uma quantidade enorme de pessoas, que não está bem urbanizado, as ruas não são boas, a infraestrutura é ruim e a população não tem um poder aquisitivo tão elevado. Tudo junta para fazer uma confusão", diz o engenheiro Paulo Canedo, professor da Escola Politécnica da UFRJ e projetista das principais obras contra enchentes na baixada nas últimas décadas.

Desde 1990, iniciativas para reduzir as inundações da região são discutidas. Durante os governos Lula e Dilma, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) realizou parte dessas intervenções, como a construção de polders [sistema composto por diques, reservatórios, dutos e bombas] em vários pontos.

Porém, as intervenções restantes ainda representam um desafio bilionário para os cofres públicos.

Segundo Canedo, os projetos pendentes nos rios Sarapuí e Saracuruna custariam ao menos R$ 1,7 bilhão. Para resolver o problema em São Gonçalo, na região metropolitana, mais R$ 1 bilhão será necessário em obras no rio Guaxindiba.

Fonte: UOL
Link: https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/aquecimento-global-vai-acentuar-ciclo-de-pobreza-na-baixada-fluminense/#page3

segunda-feira, 25 de abril de 2022

AFINAL, PORQUÊ ENCHEU TANTO E EM TÃO POUCO TEMPO EM BELFORD ROXO NO INÍCIO DE ABRIL DE 2022

O mecânico Cristiano Salgado perdeu móveis, roupas e documentos na enchente.
Rafael Barreto / PMBR
BELFORD ROXOAinda falando sobre as últimas Enchentes que atingiram vários bairros do município de Belford Roxo no dia 2 de abril de 2022, quero trazer a tona informações importantes sobre esse problema que sabemos que é crônico na cidade localizada na Baixada Fluminense, e que apesar de ter atingido, desta vez, e de forma mais intensa alguns bairros é um problema antigo e com causas conhecidas e identificadas por técnicos ao longo dos séculos, apesar de alguns agravantes que acabam por piorar a situação e dificultar sua solução.

 

A cidade de Belford Roxo está localizada num dos ponto mais baixos da Baixada Fluminense, que não tem esse nome a toa, mas trata-se de uma área localizada entre a Serra e o Mar e que tem cotas abaixo do nível do mar e que ao sofrer efeito natural das marés diariamente, acabam recebendo o retorno dessas águas, que seguem em direção ao mar (no nosso caso da Baía da Guanabara), afinal sabemos desde o primário que todo rio corre para o mar correto?, assim, como esse efeito da maré alta, os rios principais acabam recebendo essas águas, que segundo informações oficiais do INEA Instituto Estadual do Ambiente (Orgão oficial do Governo do Estado subordinado a Secretaria Estadual do Ambiente SEA) retornam até 15 km dificultando ou até impedindo o escoamento natural dessas águas que acabam ficando retidas nas áreas mais baixas, que infelizmente hoje, estão em sua maioria ocupadas por casas e bairros consolidados.

 

No caso específico de nossa cidade Belford Roxo, o que aconteceu foi que houve uma precipitação anormal, com nível ou quantidade de chuvas além do esperado e num curto período de tempo em algumas regiões específicas que acabaram enchendo e alagando além do normal como foi o caso de Santa Maria, Vila Entre Rios, São Bernardo, Sgt Roncalli e Babi entre outros.

Apesar de tantas especulações, críticas e reclamações exibidas nas redes sociais, não quero tirar o mérito de cada uma delas, poís são legítimas, mas na maioria das vezes os argumentos não tem fundamentos ou base técnica e acabam por não produzirem o efeito esperado que seria o da solução mais indicada e o que acaba por acontecer é que soluções paliativas são apresentadas a elas e de forma superficial e por não terem conhecimentos, acabam recebendo o famoso "placebo eleitoral" que não passam de justificativas ou ações momentâneas e sem resultados mais concretos e indicados para combater de fato o problema.

Primeiro é necessário entender que, cada Rio ou Corpo Hídrico tem sua "Bacia Hidrográfica" ou uma área de abrangência, onde ele atinge em seu movimento natural e apesar de eu não ser professor de geografia, pesquisei o assunto, devido ao trabalho realizado durante o Controle Social do PROJETO IGUAÇU onde lideranças dos município de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita, São João de Meriti e Nilópolis foram eleitos para compor os CLAs Comitês Locais de Acompanhamento do Projeto Iguaçu que tratasse de uma projeto técnico (não é um projeto politico ou eleitoral) que baseado nos dados técnicos sobre as chuvas e enchentes no estado coletados desde o império, foram criadas as ferramentas e ações específicas necessárias para COMBATER AS ENCHENTES da BAIXADA FLUMINENSE, para que se pudesse acompanhar de fato as obras do Projeto Iguaçu (entre 2009 e 2011) foi necessários essa capacitação desses representantes locais e assim pôde-se  ter uma visão mais técnica da coisa. Assim entendemos que  os Rios e Canais possuem uma movimentação natural que envolve a dinâmica de funcionamento do seu leito  onde estão previstos os eventos de cheias e extravasamentos, quando vemos o excesso de águas das chuvas transbordarem dos rios e atingirem os bairros, ruas e casas, ou seja que não é uma coisa anormal, como a maioria acha ou entende.

Dai, partindo dessas informações, entendemos que algumas regiões localizadas nessas bacias, precisam de uma atenção especial e ações específicas para de fato surtirem os efeitos desejados e esperados por todos, ou seja a diminuição ou fim das catastróficas enchentes. Agora soma-se os agravantes Efeitos Climáticos provocados pelo Aquecimento Global na região da Baixada Fluminense segundo os cientistas e especialistas, que já se fala a anos, mais que a maioria da população leiga não entende os seus efeitos e onde ela entra nessas problemática toda, temos um cenário propício as enchentes e alagamentos frequentes na região que so poderão ser de fato combatidos com as medidas certas e tecnicas existentes, ou seja, a RETOMADA DO PROJETO IGUAÇU, que de certa forma, tem sido deixado de lado ou ignorado, sabe-se lá por qual motivo.

Matéria O DIA: https://odia.ig.com.br/belford-roxo/2022/04/6372410-prefeito-waguinho-e-deputados-visitam-bairros-atingidos-pelas-chuvas-em-belford-roxo.html

Naquela noite do dia 2 de abril, aconteceu uma chuva anormal nas regiões próximas ao Rio Botas o que provocou num curto espaço de tempo sua cheia e extravasamento e os canais afluentes dos bairros não conseguiram conduzir as águas da forte chuva com a quantidade e velocidade necessária ficando retidas nos bairros já citados, pois o Rio Botas o rio principal que deveria conduzir as águas para a Baía da Guanabara não conseguiu, até porque não tinha essa capacidade toda, extravasando assim o seu "Leito Maior" e "Bacia de Inundação, pois ao sofrer o feito de maré contrária, não teria conseguido, adentrar ao Rio Iguaçu e seguir para o mar, ficando as aguas retidas e acumulando nessas bacias, até as chuvas cessarem e as marés da baía começar a baixar e permitir que essas águas escurecem e seguissem o seu curso natural. Ai entende-se a gravidade da coisa, pois se essa "Bacia de Inundação", hoje ocupada pelos bairros consolidados, não tivesse ocupada, o que aconteceria seria só um evento normal de uma area que seria inundada sem prejudicar ninguém e teria passado despercebida na verdade.

Finalizando, pois o texto já está bastante longo devido a complexidade do assunto, gostaria de dizer que não estou aqui querendo diminuir a gravidade da situação vivida pelas famílias ou defender ninguém, pois, mesmo sem falarem, cada um sabe de suas responsabilidades e atitudes a serem tomadas, seja população, sejam técnicos, sejam membros do governos e principalmente a COBRANÇA DIVINA, acreditando e temendo ou não ela virá, assim eu vou continuar fazendo a minha parte de "mexer na ferida" e, na medida do possível, informar sobre aquilo que achar pertinente e nesse caso o que vejo ser o mais importante a se fazer é a  RETOMADA DO PROJETO IGUAÇU que foi paralisado pelo TCE/TCU em 2012 por irregularidades, mais que agora se faz necessário serem resolvidas as suas pendências e retomadas de fato a suas obras.

Por: ROGERIO GOMES (Representante do CONTROLE SOCIAL DO PROJETO IGUAÇU - CLA/CAO RIO IGUAÇU Belford Roxo/Duque de Caxias)

Referencias:

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2022/04/07/aquecimento-global-poe-em-risco-milhoes-no-rj---e-outros-destaques.htm

https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/aquecimento-global-vai-acentuar-ciclo-de-pobreza-na-baixada-fluminense/#page7

https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2022/02/6339894-especialista-acredita-que-tragedias-provocadas-por-chuvas-podem-ser-minimizadas-com-investimentos.html

https://extra.globo.com/noticias/rio/chuvas-na-baixada-mesmo-com-obra-rio-botas-continua-encher-especialistas-fazem-alerta-rv1-1-25462885.html

https://diariodovale.com.br/politica/forum-da-alerj-debate-gestao-de-risco-de-desastres-climaticos/

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/08/12/baixada-fluminense-e-bairros-das-zonas-norte-e-oeste-do-rio-podem-ser-mais-afetados-pelas-mudancas-climaticas-dizem-especialistas.ghtml

https://diariodocomercio.com.br/opiniao/governo-dos-deslizamentos-e-das-tragedias/

https://oeco.org.br/reportagens/quase-metade-da-humanidade-ja-esta-vulneravel-aos-impactos-das-mudancas-climaticas-diz-ipcc/

https://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/obras-para-controle-de-inundacoes-na-baixada-fluminense-rj-tem-projeto-deficiente.htm

https://oglobo.globo.com/rio/contrato-de-obra-no-projeto-iguacu-sera-suspenso-informa-inea-14666257

Fontes: COOPE, UFRJ, INEA, SEA, MetSul Meteorologia, Notícias UOL, O Eco, Blog do CAO/LOTE XV