Comissão Executiva e Fórum Regional do Projeto Iguaçu discutirão investimentos do BID na Baixada Fluminense.


INEA - A Engenheira Eloisa da SEA – Secretária Estadual do Ambiente/RJ, integrante da coordenação do PSAM (Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara ) participou nesta terça feira 13/12/2011 da reunião da CE/PROJETO IGUAÇU na sede do INEA no Rio, onde apresentou sucintamente, questões sobre investimentos de BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) em obras de Saneamento Ambiental no entorno da Baía da Guanabara e isso inclui também investimentos em obras nas regiões da Baixada Fluminense que há anos convive com a descontinuidade de projetos e o descaso político que provocaram a deterioração de obras que se quer foram inauguradas e isso incluí-se as famosas “ETEs” estações de tratamento de esgoto que em alguns casos, como do bairro Maringá (Estação Joinville), aqui em Belford Roxo, nunca chegaram a funcionar e só serviu pra mostrar a incompetência, o descompromissos com a causa da população carente e a falta de vontade política de um grupo que governou, não só nosso município e estado mas todo o nosso país nas décadas de 70, 80 e 90 e que tratou o saneamento básico como “NEGÓCIO” ao invés de POLÍTICA PÚBLICA e privatizou a maioria das empresas públicas, ignorando durante mais de 30 anos as necessidades básicas da maioria da população de nosso país, mas, em fim a população acordou, espero eu que continue assim, e vamos deixar essa conversa para outra oportunidade ou seja as ELEIÇÕES que vem ai.

De acordo com as declarações da engenheira, o projeto encontrasse em avaliação para aprovação em Brasília e o Governo do Estado propôs a participação desta instância de participação popular que é o Fórum Regional de Participação e Controle Social do Projeto Iguaçu, através da Comissão Executiva, e que acumulou durante estes, pelo menos, 3 anos de acompanhamento das obras do PAC 1 nos municípios da Baixada, uma gama de informações e experiências que não podem ou devem ser desprezadas e que, com certeza contribuirá, em muito para a potencialização destas futuras obras em toda a região. 

Eloisa pediu para a coordenação do Projeto Iguaçu, através do INEA, que agendasse um encontro para janeiro do próximo ano onde poderíamos discutir mas profundamente a questão. Aércio técnico da FASE responsável pelo trabalho Socioambiental do Projeto Iguaçu, pontuou sobre a importância das instâncias de participação popular nessa discussão, como os conselhos de meio ambiente e político de saneamento da Baixada, e Rogerio Gomes do CLA/LOTE XV, coordenador interino da CE/PROJETO IGUAÇU, comentou sobre os avanços e benefícios que estas discussões poderão gerar para o povo sofrido da baixada e lembrou que desde o início da discussão das obras do Projeto Iguaçu, já haviam sido questionadas a questão da ausência do tratamento da água e do esgoto nas bacias dos Rios Iguaçu, Botas e Sarapuí e seus afluentes e dos bairros e municípios abrangidos pelo projeto e esta discussão permaneceu sendo levantada em cada reunião, encontro, seminário e audiência realizadas até hoje e que, agora sim, poderemos ampliar e aprofundar verdadeiramente a discussão do SANEAMENTO AMBIENTAL na Baixada Fluminense e vislumbrar um novo rumo para os Rios e Canais da Baixada que a muitos anos tem sido tratados como vazadouros de lixo e esgoto e denominados popularmente de “Valões” e ignorados e criminalizados por todos.

Foi, mais uma vez, apresentada durante o encontro a nova Coordenadora do Trabalho Social do INEA, ou seja, a pessoa responsável pela parte habitacional do Projeto Iguaçu o Sra. Erika Cathermol em substituição a Sra. Simone Melgaço, e apresentou algumas informações a respeito das ações da equipe do social no Conjunto Roldão Gonçalves, e no processo de reassentamento das famílias ribeirinha que já estão em andamento em Belford Roxo e Duque de Caxias, informou que tem buscado aprofundamento das informações sobre o andamento do projeto e que em breve estará vistoriando os bairros, como cobrado por Rogerio Gomes que denunciou mais uma vez que casas de famílias indenizadas na região do bairros Parque Amorim e Jardim Brasil e que ainda não foram demolidas pelo INEA, têm sido alvo de invasões e comentou sobre o medo da população local devido a instalação das UPPs nas favelas do Rio e que tem provocado a migração de marginais para os bairros da baixada e pediu que o Governo do Estado cobrasse da Prefeitura de Belford Roxo ações pontuais de monitoramento e fiscalização desta região para inibir e impedir a invasão, novamente, destas áreas que são de risco e que caso sejam novamente ocupadas voltarão a causar prejuízos a toda a população devido as prováveis enchentes , outros integrantes da Comissão como Luizinho Simplício e José Eduardo(Dunga) de Mesquita e Zé Luis de São João de Meriti, levantaram questões pontuais de seus municípios, como o pós retirada das famílias ribeirinhas e próximas ações do bairro Chatuba em Mesquita e sobre os atrasos para inicio das obras do Conjunto Trio de Ouro, Rogerio perguntou também sobre o andamento do processo de mudança das famílias para o Conjunto Roldão Gonçalves, questionou se a prefeitura está dando suporte para as mudanças e se as famílias continuam sendo assistidas e foi informado que uma equipe do INEA permanece no local dando assistência e continuidade as ações previstas no projeto a fim de facilitar adaptação das famílias a sua nova rotina.


Outra dúvida apontada por Rogerio e cobrada pelos moradores do Lote XV dizia respeito ao funcionamento da ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO e sua operacionalidade em caso de necessidade e a dúvida foi sanada pelo Engenheiro João Batista do INEA que representou o Eng. Irinaldo coordenador geral do Projeto Iguaçu que não participou do encontro, pois encontrasse em Brasília buscando recursos para a continuação das obras do Projeto Iguaçu através de recursos do PAC2 que tem início previsto para fevereiro de 2012, João Batista informou que é realizado a cada 45 dias teste de funcionamento das BOMBAS e que em caso de necessidade neste fim de ano o equipamento esta operante e pronto para o uso para a tranqüilidade das famílias da região, com relação ao andamento do processo de retirada das famílias da região ele informou, também, que o processo continua em andamento normalmente e que os alugueis social encontram-se em dia e que ações do PAC 23 VALÕES iniciaram em apenas 3 regiões até agora com a montagem dos canteiros de obras ( Rios Jacatirão/Caturité , Alberto de Oliveira/Gomes Freire e Sarapuí). 

Participaram também do Encontro a Sra. Mônica da FASE, o Coordenador Adjunto Sr. Itamar e o Engenheiro Vanderlei do INEA, Ruana, Eloá e Judite da equipe Social do INEA, Marcilene da SEA que representou a Superintendente Denise Lobato e as Lideranças Daniel Ferreira (MUB/CAXIAS), Enock Alves (Rio Botas/Belford Roxo) e Paulinho (Jardim Redentor/Gláucia/B.Roxo).

Por: Rogerio Gomes -  CAO/RIO IGUAÇU, Belford Roxo - Duque de Caxias
CE/Projeto iguaçu

Rogerio Gomes - Controle Social Projeto Iguaçu/PAC

Ex-coordenador Geral da Comissão Executiva do Fórum Regional de Controle Social do Projeto Iguaçu/PAC e Representante do CAO/LOTE XV - Comitê de Acompanhamento e Fiscalização das Obras do Projeto Iguaçu na Região do Rio Iguaçu - Bairro Lote XV - Belford Roxo - RJ - BRASIL

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