O Rio Botas, em Belford Roxo, já recebeu equipamentos para revitalização das margens
BAIXADA FLUMINENSE - Pelo menos 72 corpos hídricos dos seis municípios da Baixada Fluminense, alguns já beneficiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC daBaixada), receberão ações adicionais do Limpa Rio, programa de desassoreamento e limpeza de natureza continuada e emergencial do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), que está sendo executado na região em conjunto com o projetofederal. O Limpa Rio Baixada foi lançado nesta quarta-feira (28/03) pelosecretário estadual do Ambiente, Carlos Minc e pela presidente do Inea,Marilene Ramos, com a presença de prefeitos dos municípios abrangidos pelo programa.
O secretário Carlos Minc lembrou que a remediação de lixões na Baixada, como o da localidade Babi, em Belford Roxo e,principalmente, do aterro controlado de Gramacho, prevista para 5 de junho próximo, objetivam minimizar a questão do despejo inadequado de resíduos na Baixada, com a inauguração de aterros sanitários com sistemas modernos de gestão.
- Tendo locais adequados para destinação e coletaregular, o lixo deixa de ser jogado nos rios evitando o assoreamento e asenchentes na época das chuvas. Durante a primeira etapa do PAC da Baixada foram desassoreados 60 km de rios e canais e retirados 42 mil pneus e outros objetosinservíveis dos corpos hídricos. O Limpa Rio Baixada está sendo criado para não permitir que essa situação se repita – disse Minc.
O secretário destacou ainda a recuperação dasEstações de Tratamento de Esgoto da região, como a de Sarapuí, já emfuncionamento, e a de Nilópolis, cuja conclusão está prevista para fevereiro doano que vem, como importantes medidas de despoluição dos rios da região.
- Com a ETE Sarapuí, cerca de 50% do esgoto deMesquita já recebe tratamento secundário. A partir da inauguração da ETE Nilópolis, o município terá capacidade de tratar 80% dos efluentes – afirmou Minc.
De acordo com a presidente do Inea, Marilene Ramos, a iniciativa decriar o Limpa Rio Baixada surgiu da necessidade de conservação das intervenções nas bacias dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí.
- O governo estadual está investindo mais de R$ 7 milhões nesta etapa doprograma. A prioridade é a manutenção das obras do PAC que promoveu adesocupação e a limpeza das margens e o desassoreamento dos leitos dos rios ecanais, retirando o lixo e as ocupações irregulares. Os trabalhados tiveraminício há 14 dias e já foram retirados mais de 14 mil metros cúbicos deresíduos de 3,6 km de rios e canais.
Marilene disse ainda que, na medida do possível, concomitantemente estãosendo atendidas as demandas das prefeituras. Conforme disse, o Limpa RioBaixada tem características específicas, sobretudo porque há muito pedidos dedesobstrução de corpos hídricos na região.
- São pedidos feitos não apenas pelos prefeitos, mas por líderes comunitários de vários municípios da Baixada. Já temos 72 corpos hídricos relacionados. Estamos listando os equipamentos necessários e contratando mão de obra local para a execução. Os trabalhadores que moram na região têm preferência – antecipou.
A presidente do Inea ressaltou que o Limpa Rio tema vantagem de agregar ações de educação ambiental para que as medidas derecuperação sejam duradouras. Conforme lembrou, o programa foi criado em 2008 e, desde então, já foi desenvolvido em 70 municípios, recuperando 355 quilômetros de 405 corpos hídricos nas locais beneficiados.
- A população precisa ser conscientizada de que as margens dos rios não são locais para se depositar lixo ou objetos inservíveis.Que quando trocam os móveis da casa o sofá velho, a televisão quebrada não podem ir parar dentro dos rios. Ao mesmo tempo precisamos reforçar o compromisso com as prefeituras para quer mantenham a coleta regular de lixo e um serviço de recolhimento de objetos em desuso, sobretudo de recicláveis –defendeu Marilene Ramos.
No escopo do Limpa Rio da Baixada Fluminense estão previstos o desassoreamento e a limpeza de mais de 12 quilômetros de rios e canais, com volume previsto de retirada de 46,3 mil metros cúbicos de sedimentos e lixo de leitos e margens. Na atual etapa estão programadas açõesem oito rios e canais, nos municípios de Mesquita (Canal Dona Eugênia), Nilópolis(Rio Pavuna-Meriti), Nova Iguaçu (Canal Toucinho e Canal Laranjeira), Belford Roxo (Rio Botas, no trecho Rua Mauá-Estrada de Xerém, Canal do Outeiro e Valão do Ipê) e Duque de Caxias (Canal Pantanal).
- Todo esse investimento é resultado de anos de trabalho dos movimentos sociais pelo saneamento da Baixada, como o Mabe e o Mube, dos quais muitos dos representantes comunitários aqui presentes sãoativos participantes. Estamos trabalhando por uma Baixada mais humana e mais gostosa de viver – concluiu Minc.
Link: http://www.rj.gov.br/web/imprensa/exibeconteudo?article-id=841211
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