BELFORD ROXO - Cerca de 300 pessoas participaram na noite desta quarta-feira, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, da audiência pública de apresentação do projeto de esgotamento sanitário do Centro do município, que vai permitir coletar e tratar efluentes de mais 6,5 mil moradias, beneficiando 36 mil habitantes. Com investimento de mais R$ 40 milhões, o novo sistema é complementar ao Projeto Iguaçu, que desde 2008 vem promovendo a recuperação ambiental e o controle de cheias, com obras de macroestrutura e de saneamento na região.
A audiência, coordenada pelo Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc e pela presidente do Inea, Marilene Ramos, teve as presenças do prefeito de Belford Roxo, Denis Dauttman, de boa parte do secretariado municipal e de algumas autoridades locais, bem como, do pessoal técnico do Inea que acompanhará à execução das obras, ao encargo do órgão ambiental.
Ao apresentar o novo projeto, Marilene Ramos, fez uma ampla apresentação das obras realizadas no município no âmbito do Projeto Iguaçu e respectivas sinergias. Conforme ressaltou, o diferencial das intervenções que estão recuperando a autoestima e devolvendo cidadania à população da Baixada Fluminense está na amplitude dos resultados. Segundo Marilene Ramos, o Projeto Iguaçu garantiu o controle da vazão dos rios. As obras de saneamento no Centro e no Trio do Outro, são complementares porque vão promover a interligação das moradias a rede de coleta de esgoto instalada para tratamento na ETE Sarapuí.
- Do total necessário para o investimento, R$ 26 milhões são provenientes de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Os recursos, embora muito bem vindos, não eram suficientes para realizar toda a obra. Mas, quando se trata de saneamento, o secretário Minc abre o cofre; os R$ 14 milhões restantes são de contrapartida do Estado, por meio do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) - disse a presidente do Inea.
Marilene Ramos presidente do Inea e Minc falaram da importância da continuação da pareceria entre Dennis e o Governo do Estado e Federal. |
O secretário estadual do Ambiente ressaltou que o principal meio de disseminação de doenças causadas por verminoses e da mortalidade infantil resultam da contaminação da água. Segundo Minc, a coleta e o tratamento do esgoto e destinação adequada do lixo são a principal garantia de conservação dos recursos hídricos e, consequentemente, de saúde para a população.
- No âmbito do PDBG (Programa de Despoluição da Baía de Guanabara) foram construídas quatro Estações de Tratamento de Esgoto: Alegria, Sarapuí, Pavuna e São Gonçalo. Por 13 anos essas estações não funcionaram, ficaram secas, por falta de rede coletora e de elevatórias que levassem os efluentes até as estações. Essas mesmas estações foram reinauguradas diversas vezes por vários governos. A situação remetia a novela O Bem Amado, que o prefeito Odorico Paraguassu inaugurou o cemitério, mas faltava o defunto - comparou Minc.
A rede de esgotamento sanitário no Centro de Belford Roxo e nos bairros Vila Dagmar, Jardim América, Vila das Rosas e Santo Antônio do Prata, totalizam cerca de 30 km de redes coletoras. Estão previstos ainda a construção do Coletor Tronco do Barro Vermelho, redes primárias, elevatórias e linha de recalque ligada à Estação de Tratamento de Sarapuí.
Prefeito Dennis salientou que havia a necessidade de se fazer a Drenagem do centro da cidade devido ao Projeto de Revitalização e Requalificação. |
- Esse é o principal diferencial desse projeto, a ligação domiciliar à rede. Nos governos anteriores foram construídas as estações de tratamento de esgoto e os moradores depois teriam que providenciar a ligação das residências a rede e muitos não dispunham de recursos para isso - comparou a presidente do Inea.
As cerca de 6.500 ligações domiciliares a rede previstas no projeto representarão ligações intradomiciliares em mesmo número, além de serviços especiais de travessias, cadastro e remanejamento de galerias de águas pluviais, rede de água potável e outras interferências.
Após a apresentação do projeto, a audiência foi aberta a participação dos moradores que puderam fazer perguntas, apresentar sugestões e pedir esclarecimentos. Minc encerrou a plenária exultando a população a participar, sobretudo, garantindo a conservação das intervenções assegurando a destinação adequada do lixo ao invés de jogar nos rios e fazendo a coleta seletiva.
- Vamos entregar uma nova Belford Roxo à população, mas não estaremos aqui indefinidamente para cuidar dos vários parques fluviais e quadras poliesportivas ou dos quilômetros de ciclovias e de todas as demais intervenções que deixaremos aqui, como a construção dos pôlderes Glaucia e do Outeiro, a Estação de Bombeamento, a erradicação do lixão do Babi, entre outras ações que representarão mais recursos para o município por meio do ICMS Ecológico. Caberá a vocês, portanto, cuidar da conservação de toda essa infraestrutura que está devolvendo cidadania ao município - concluiu Minc.
Fonte: Ascom/ Inea
Link: www.projetoiguacu.com.br