Polder do Outeiro: Enchente de Novembro de 2009 |
BAIXADA FLUMINENSE - Mais uma vez, chega ser chato nosso discurso para alguns, pois vamos abordar a discussão sobre as recorrentes Enchentes nos municípios da Baixada Fluminense, seus agravantes, soluções possíveis e principalmente, os esforços que os governos federal, estadual e municipal vem desempenhando ao longo dos anos pra tentar resolver a problemática... se é que eles existem.
Já é do conhecimentos de todos os moradores da Baixada Fluminense, que a região recebeu esse nome devido justamente a sua posição geográfica que está localizada em sua maior parte abaixo do nível do mar que favorece a incidência das enchentes na região ( http://www.aquafluxus.com.br/bacia-do-rio-iguacu-uma-velha-conhecida/ ) e foi devido a essas condições e principalmente com o agravamentos de catástrofes causadas pelas inundações na região como as enchentes de 1966 e das décadas de 80, 90 que o governo deu início aos estudos e levantamentos da região que foram conduzidos por técnicos e especialistas da área alguns oriundos da COPPE/UFRJ ( http://www.coppenario20.coppe.ufrj.br/?p=1476 ) e outros órgãos com SERLA/INEA e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e o resultado foi a criação de um Relatório Técnico sobre as Bacias dos principais Rios que cortam a região o Iguaçu, o Botas e o Sarapuí , relatório esse que criou o PROJETO IGUAÇU, um plano de ação composto de várias vertentes que abrangeria não apenas a questão da limpeza dos rios e canais da região, mas também a questão da micro e macrodrenagem, o tratamento adequado de resíduos sólidos e rejeitos, a recuperação ambiental e o controle do uso do solo e a educação ambiental que seriam os maiores agravantes que cooperam para o aumento do problema na região criando assim uma nova realidade que possibilitasse a sustentabilidade destas intervenções.
A partir do início das ações do Projeto Iguaçu em 2007 e a criação dos Comitês Locais de Acompanhamento das obras em 2009 ( http://fase.org.br/pt/informe-se/noticias/reunioes-dos-comites-locais-de-acompanhamento/ ) e o envolvimento direto das lideranças dos bairros na discussão das ações juntamente aos técnicos do projeto e representantes do governo, pela primeira vez a população pôde participar diretamente de um projeto técnico de obras do governo, apresentando questionamentos, solicitando melhores avaliações e fazendo propostas de inclusões de ações, sendo que desta vez de forma autônoma mas organizada, diferente dos modelos de participação popular empregado em outros programas do governo como o Baixada Viva e Nova Baixada, quando as lideranças locais tiveram uma participação, de certa forma,"controlada" pois suas funções eram remuneradas através de um contrato junto as empresas contratadas, o que fazia com que a interferência destas lideranças na execução do projeto e suas ações ficasse vulnerável e ineficaz.
Assim sendo o modelo de participação popular empregado no PROJETO IGUAÇU, com todas as suas dificuldades existentes. foi uma modelo mais eficaz e impactante e conseguiu provocar resultados concretos, apesar de encontrar grandes dificuldades e barreiras por falta de um melhor diálogo e um reconhecimento maior destas lideranças por parte do gestores públicos que ignoraram suas experienciais e vivência no cotidiano de seus bairros durante estes eventos e sua capacitação desenvolvida ao longo das atividades do projeto e sua formação.
Assim sendo o modelo de participação popular empregado no PROJETO IGUAÇU, com todas as suas dificuldades existentes. foi uma modelo mais eficaz e impactante e conseguiu provocar resultados concretos, apesar de encontrar grandes dificuldades e barreiras por falta de um melhor diálogo e um reconhecimento maior destas lideranças por parte do gestores públicos que ignoraram suas experienciais e vivência no cotidiano de seus bairros durante estes eventos e sua capacitação desenvolvida ao longo das atividades do projeto e sua formação.
Ao lado dos companheiros e também representantes de CAOs de
Nova Iguaçu, Adriano Naval e Alcy Mahiony, Rogerio Gomes esteve
participando de audiencia no MPF onde cobraram o retorno do PROJETO IGUAÇU.
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1) A Criação do Programa LIMPA RIOS BAIXADA (programa de limpeza de rios e canais) executado pelo INEA. ( http://www.rj.gov.br/web/imprensa/exibeconteudo?article-id=979270 e http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-03-28/pequenos-rios-e-canais-poluidos-de-seis-municipios-da-baixada-fluminense-serao-desassoreados-e-limpos )
3) a Criação do PSAM Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baia da Guanabara que visa a recuperação das redes e a ativação das ETEs Estações de Tratamentos de Esgoto abandonadas a anos pelo poder público. Todos estes financiados diretamente com dinheiro do FECAM que tratasse do Fundo Estadual de Conservação Ambiental. ( http://www.rj.gov.br/web/informacaopublica/exibeconteudo?article-id=1041469 )
ECOPONTO localizado na margem do Canal Machambomba no bairro
Vila Entre Rios. Apesar de estar pronto a
pelo menos 2 anos não está em funcionamento.
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Eu sei que muitos gestores e técnicos não vão gostar muito de minhas criticas descritas aqui, pois a maioria quer "esconder de baixo do tapete" os problemas, alguns por não saberem como tratá-los ou resolve-los e alguns por falta de "expediente" como minha falecida e sábia Vó Bisica falava, quando apontava uma pessoa omissa e ou sem iniciativa.
ECOPONTO localizado na margem do Rio Botas no bairro
Recantus/Babi. Apesar de estar pronto a
pelo menos 2 anos não está em funcionamento.
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Resta a nós mortais moradores da Baixada "Rezar e Orar" a Deus para que nos proteja e livre de passar novamente por uma Enchente, isto digo para quem já passou pela experiência e conhece na pele seus danosos efeitos. Quando virá a chuva ninguém sabe o dia e a hora... mais a época é essa.
Por: Rogerio Gomes
Fonte: Governo do Estado RJ/ Projeto Iguaçu/ COPPE/UFRJ / AquaFlux / FASE Rio / CAO/Lote XV
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