Prefeitura de Belford Roxo demole "Ponte estreita" entre bairros Xavantes e Piam que enforca Canal Maxambomba que está sendo canalizado

A ponte que foi demolida mede cerca de 16 metros de comprimento – Foto: Jeovani Campos/PMBR

Prefeito Márcio. Canella acompanha demolição de ponte entre os bairros Xavantes e Piam

BELFORD ROXO - Em parceria com o Governo do Estado, a Prefeitura de Belford Roxo está canalizando o Canal Maxambomba. Nesta sexta-feira (14/11), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) começou a demolir a ponte, de cerca de 16 metros de extensão, que liga os bairros Piam e Xavantes. O objetivo é alargar o trecho do canal e construir uma ponte para carros com duas laterais para pedestres, pois a ponte que fora demolida passava apenas um veículo por vez.

O prefeito Márcio Canella e o secretário Flávio Gonçalves acompanharam a demolição da ponte – Foto: Jeovani Campos/PMBR

Curso da água ‘estrangulado’

O prefeito Márcio Canella acompanhou a demolição da ponte ao lado do secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Flávio Gonçalves. Canella acentuou que a ponte teve que ser demolida porque o curso da água ficou “estrangulado” e causa alagamentos nas casas em época de fortes chuvas. “A nova ponte acabará com esse problema e trará mais mobilidade para moradores dos bairros Xavantes, Piam e adjacências”, concluiu o prefeito.

O secretário Flávio Gonçalves e prefeito Márcio Canella conversaram sobre os benefícios da canalização – Foto:
Jeovani Campos/PMBR

Substituição de aproximadamente 300 Ponte estavam previstas no PROJETO IGUAÇU

Em fevereiro de 2024 nós estivemos no local e fizemos a denuncia, como sempre fazemos a mais de 15 anos desde que assumimos a missão de fazer parte do Controle Social do Projeto Iguaçu em 2009. Segundo pesquisa ao Projeto Executivo encontramos a informação detalhada no diagnóstico que apontava que uma das principais causas do agravamento das Enchentes na Baixada Fluminense seriam os "gargalos" ou "enforcamentos, estrangulamentos" dos rios e canais provocados por estruturas de travessias muito antigas e com medidas inferiores a atual capacidade de vazão dos afluentes das cidades e por isso, já na década de 30 já se previa essa necessidade e após na conclusão do Relatório Final do Projeto Iguaçu e segundo levantamento dos especialistas, cerca de 300 pontes e travessias dos municípios encontravam-se nessa condição.

"Tenho percebido algumas ações sendo executadas por algumas prefeituras da Baixada e que estão previstas no Projeto Iguaçu, mas de forma desconexas sem vinculo direto ou com o projeto e sem citá-lo e isso na verdade me causa preocupação pois não seguem um cronograma específico de ações, não passam por controle social e principalmente não tem a participação dos técnicos do projeto que poderiam avaliar seus possíveis impactos devido a não seguirem os critérios técnicos orientados no plano diretor o que pode ser um risco assim como aconteceu com os impactos causados em Comendador Soares em 2023/2024 quando após a Canalização de um trecho do Rio Botas, obra executada pela prefeitura de Nova Iguaçu, as enchentes se agravaram na região como mostrou a imprensa". Rogerio Gomes

Trecho retirado do Relatório Final do Plano Diretor de Recuperação Ambiente das Bacias dos Rio Iguaçu,
Botas e Sarapuí IGRE029 - 1995. Serla/CoppeUFRJ.

Área de lazer em longo trecho

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Flávio Gonçalves, a construção da nova ponte faz parte da canalização do Canal Maxambomba, pois em um longo trecho será construída uma área de lazer. A demolição começou pela retirada das grades de ferro das laterais da ponte para que a máquina começasse a quebrar o piso de concreto.

A ponte demolida dará lugar a outra com duas passagens para pedestres e com capacidade para mais veículos – Foto:
Jeovani Campos/PMBR

Canalização terá 1.389 metros

A ponte demolida media 16 metros de comprimento. A que será construída terá a mesma medida, mas ficará a cerca de sete metros de altura do rio para evitar que a água represe no teto em caso de fortes chuvas. “Já temos 428 metros prontos de um total de 1.389 que serão canalizados”, destacou o engenheiro civil da empresa Lytorânea, executora da obra, Alex Sandro Ferraz. “Calculo que até o primeiro trimestre de 2026 a obra de canalização com a área de lazer seja concluída”, completou Filippy Fury, gerente-geral da empresa.